quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Impunidade: o motor do vandalismo

Por Maurício K. Tomedi

Uma notícia a respeito da nova punição imposta a Diego Souza (foto), despertou-me a atenção.

"O TJD-SP reverteu a pena do meia Diego Souza de oito partidas para 100 cestas básicas. Com isso, o atleta poderá iniciar o Paulistão 2010 junto à equipe. O jogador havia sido suspenso pelo pontapé no zagueiro Domingos, do Santos, após ser expulso na semifinal do estadual de 2009, quando o Palmeiras acabou eliminado pelo rival."

Assista ao lance com a versão da Globo sobre o ocorrido:



A malandragem do zagueiro não justifica a reação do meia.

Considerando que uma cesta básica custa R$ 283, o atleta está resignado a pagar uma multa de R$ 28.270.

Para um jogador de futebol que recebe 120 mil mensais, doar 25% de apenas um salário é lucro, perto da agressão cometida.

-

A conversão do castigo chega a ser uma afronta aos dirigentes de clubes de menor expressão que, desprovidos de tamanha força política, são incapazes de abrandar penas semelhantes.

O Coritiba, por exemplo, foi - de forma justa - indenizado com a perda de 30 mandos de campo pela invasão de torcedores na partida contra o Fluminense. Dificilmente, a decisão será revertida.

Na Serra Gaúcha, as direções de Grêmio e Inter reuniram-se afim de encontrar medidas de repreensão adequadas aos infratores responsáveis por atos de vandalismo em Bento Gonçalves.

Torcedores colorados depredaram outdoor do Grêmio.

Gremistas promoveram baderna em frente ao hotel do Inter.


É um absurdo crer que muitas pessoas ainda sofrem com os prejuízos da impunidade às ações violentas que acontecem dentro e fora dos estádios.

-

Sem comentários:

Enviar um comentário